segunda-feira, 13 de julho de 2009

Na pista - Depoimento - 13 a 19 de julho


















Simplesmente correr

Toda nova estação a natureza muda sua forma. Foi assim também com a rotina da médica-cirurgiã(especialista em fígado), Vivian Florio Martini, 28. O inverno de 2004 traria novos horizontes para essa paulista de São José do Rio Preto. Sempre adepta de esportes, praticava a natação, mas sentia que seu corpo não estava completo com a atividade física. Com a chegada dos dias frios, começou intercalar a natação com a corrida. Com o passar dos dias percebeu que a corrida era muito prática.“Só colocar um tênis e sair rua a dentro”, comenta. “A natação é uma atividade muito monótona e depende de horário e local”complementa.Com seus horários restritos devido à faculdade de medicina, estava aí o seu esporte perfeito. “Me apaixonei”, diz.Com o apoio total de amigos e familiares, participou de sua primeira corrida de rua ficou em 3º lugar e ainda ganhou um convite para treinar e representar uma academia da cidade. Então não parou mais.A corrida se tornou a atividade padrão dessa garota. “Sinto que trabalho todos os sistemas orgânicos (disso ela entende) e a parte mental”, fala.Quando está correndo tem a satisfação de ver pessoas, pensa nos seus objetivos, lê notícias nos outdoors, escuta música, ouve o cantar dos pássaros e também dos automóveis, relata.O seu corpo pede mais km durante a corrida. “Uma sensação de prazer em enfrentar obstáculos, olhar para o frequencímetro e a pulsação de 170 batimentos por minuto, os pulmões trocam os gases vitais rapidamente ,os músculos saltam a cada passada.É uma sensação inenarrável, só correndo mesmo para saber o que estou querendo falar”termina. Essa garota treina 1h à 1h30 de 5 a 6X por semana, pelas ruas de São José do Rio Preto. Faz geralmente seus próprios treinos, porque devido aos seus horários no hospital, não consegue acompanhar um grupo ou ter um professor para orientá-la. “Já cheguei a sair para correr no intervalo entre uma cirurgia e outra(pois sempre atrasa), fala aos risos.” Quando se fala em percurso ideal, Vivian comenta que não gosta muito das subidas, mas realmente “o ideal é aquele que se enfrenta a cada treino ou prova conquistada.”Em relação aos planos futuros, Vivian brinca, "Além de ser chefe do serviço de transplante do hospital de minha cidade (risos), quero correr minha primeira maratona em Berlin e fazer um Ironman.” A sua melhor prova foi em julho de 2007 na prova do SESC em São José do Rio Preto, Corrida do Dia Olímpico, percorreu 10 km em 44 min.Ao terminar seus relatos ainda resalta “ o desafio físico de correr é maravilhoso, só assim poderemos conhecer nossas limitações.”Mas, essa jovem médica com o sorriso estampado o tempo inteiro no rosto, faz bem para os seus pacientes, com suas corridas. Além de trazer para casa troféus e medalhas, leva felicidade para o seu local de trabalho. A cada troféu que conquista consegue dar uma “esticadinha” no horário de visitas de seus pacientes. Essa é a proposta de seu chefe. Essa é a função do esporte. Trazer o bem estar e socialiazar todos que participam direto ou indiretamente dele.


Foto: Arquivo pessoal
Texto: Olga Leiria

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