segunda-feira, 8 de junho de 2009

Na pista - Depoimento



















A corrida sempre presente


Tudo começou por causa do futebol. Atleta de final de semana como dizemos, Luiz Carlos Bortolotti, com 18 anos na época, começou a correr para estar em forma no seu futebolzinho de sábado e domingo. Nas peladas se destacava por seu desempenho na corrida com a bola.
Foi em 1982, que Bortolotti participou de sua primeira competição. Na época trabalhava na Copel – Companhia Paranaense de Energia Elétrica -, e o SESC organizou as Olimpíadas do Trabalhador. Participou de várias provas de pista como 100 metros rasos, revezamentos 4 X 100 e 4x400 e uma prova mais longa de 11.600 metros . Venceu a etapa regional e estadual dos jogos. Participou também três vezes dos jogos Intersociedade, mais conhecido por entre clubes da região do norte do Paraná.
Mas as duas maiores provas que participou foram a São Silvestre em 1982 e a Maratona de Blumenau em 1992. “Essas duas provas foram importante,” conta Bortolotti.
A São Silvetre foi corrida na época em que ainda era uma prova noturna, lembra. Aos risos diz: “E ainda tomei champagne com o vencedor português Carlos Lopes”. “Estavam reunidos amigos e familiares do campeão junto do pódio e eu estava por lá, então acabei tomando champagne com eles.”
A Maratona de Blumenau é vista com carinho também, porque teve um excelente resultado, terminou a prova com o tempo de 2h55’11’’.
O carinho pela corrida é tão grande que sempre grava as provas que passam na TV. “Gosto de assistir novamente para reparar no estilo da prova e nos comentários.”
Hoje esse pé-vermelho, que é natural de Arapongas, com 50 anos, aposentado da Copel, casado e pai de um filha de 15 anos, continua correndo. Treina todos os dias. Gosta de variar os locais, como o Zerão, lago Igapó 2 ou pelas ruas da cidade de Londrina.
Seu treino é feito por ele mesmo. “Às vezes tenho a orientação de colegas ou pego dicas na revistas especializadas.” Botolotti também destaca que a corrida lhe trás um grande bem estar, e que a alegria deste esporte é o contato com as pessoas e as ótimas amizades que vêm dela.
Comenta: “Meu objetivo não é chegar em primeiro lugar e sim terminar a prova com uma boa condição.”
No final da entrevista, ressalta um detalhe importante sobre o grande número de competições que vem acontecendo por todo Brasil. O pagamento de inscrições. “As corridas deveriam ter uma participação do Estado para que aqueles que não têm condições de pagar a taxa de inscrição também tivessem essa liberdade de competir.”


Foto e texto: Olga Leiria

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